quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Boticário

Um dias desses estava eu ouvindo o programa do Namy Chequer na rádio Universitária FM (para quem não é do Espírito Santo ou nunca ouviu falar, o programa chama-se "Ponto de Vista", e durante 01 hora o jornalista, e atualmente Vereador pela capital Vitória, fala das notícias do dia do Espírito Santo, do Brasil e do Mundo, fala da história do Espírito Santo e tudo que estiver sendo discutido no momento.
Pois bem, além disso o programa também costuma falar de variedades, e foi justamente num dia desses que o programa falou sobre o Boticário, não a marca de perfumes, e sim a profissão, associando a eventos históricos do Espírito Santo.
Esse fato atiçou minha curiosidade e desde aquela dia tenho anotado para fazer um post sobre este assunto, e eis que hoje finalmente resolvi fazê-lo. rs*
Infelizmente não consegui encontrar a referência histórica do Espírito Santo que foi citada no programa, mas estou disponibilizando um texto muito bom que encontrei, porém imenso!
Na verdade achei essa história de Boticário legal, pois nunca havia conhecido essa palavra se não fosse associada à famosa marca de perfumes, e acho que muitas pessoas nunca pararam para pensar de onde vem afinal este nome/termo.
Segue o texto, com algumas alterações (apaguei algumas partes que considerei chatas).
Abraços

No século X, a medicina e a farmácia eram uma só profissão, e o boticário tinha a responsabilidade de conhecer e curar as doenças, mas para exercer a profissão deveriam cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a preparação e guarda dos medicamentos.
Com o desenvolvimento dos conhecimentos da área da saúde e da necessidade de se preparar substâncias mais elaboradas houve a separação da farmácia da medicina, que ocorreu em 1240 d.C. Foi o imperador Frederick II que apresentou um decreto separando completamente as responsabilidades do médico e do farmacêutico, regulamentando a profissão.
A separação entre as profissões médica e farmacêutica foi também regulamentada por D. Afonso V, que promulgou outra carta em 1461 determinando a completa separação entre as profissões médica e farmacêutica. Este diploma vedou aos médicos e cirurgiões a preparação de medicamentos para a venda e proibiu qualquer outra pessoa de vender medicamento compostos ao público em localidades onde houvesse boticário.
Os primeiros boticários surgiram no século XIII. Entretanto antes disso, já existiam as especiarias que eram utilizadas para fins farmacêuticos, entrando na composição de vários medicamentos.
Os boticários surgiram depois dos especieiros, vendedores de drogas e especiarias, e coexistiram com estes ainda durante certo período.
Com o passar do tempo surgiu um estabelecimento fixo para a venda de medicamentos. Portanto, o boticário surge assim com a botica, que servia como depósito dos remédios.
No Brasil, os boticários surgiram no período colonial, e os medicamentos podiam ser comprados na botica. O boticário manipulava e produzia os medicamentos na frente do paciente de acordo com a prescrição médica. O primeiro boticário do Brasil foi Diogo de Castro, trazido de Portugal, único boticário da grande armada que possuia salário e função oficial. Isso só aconteceu devido à grande dificuldade de acesso das pessoas aos medicamentos, porque a população só tinha acesso quando vinham expedições francesas, portuguesas e espanholas que traziam os remédios.
No final do século, em 1497, foi elaborado o 'Regimento dos Boticários' da cidade de Lisboa, reformado em 1572. Este regimento não estipulava quaisquer funções ou direitos para as corporações farmacêuticas, mas determinavam uma série de obrigações, definindo quais os livros que os boticários eram obrigados a possuir, assim como os pesos e as medidas convenientes ao seu oficio.
Os preços dos medicamentos tinham que corresponder aos de uma tabela registrada na câmara e deviam ser inscritos na própria receita. Os medicamentos só podiam ser vendidos pelo próprio boticário na ausência deste, por um praticante com um mínimo de dois anos de prática e com licença da câmara. Com o desenvolvimento da medicina, no século XIX começaram a serem produzidos os medicamentos químicos.
A farmácia química surgiu em oposição à farmácia tradicional, a Galenica, baseada na utilização de substâncias de origem vegetal e animal. Os medicamentos químicos foram introduzidos como resultado das teorias de Paracelso e dos Iatroquimicos e do desenvolvimento da técnica que visava obter princípios ativos puros, em oposição às misturas complexas obtidas dos preparados galenicos.

O restante do texto foi suprimido, podendo ser conferido na íntegra no site:
http://www.ebah.com.br/historia-das-ciencias-farmaceticas-doc-a19709.html

Um comentário:

  1. Eu não fazia idéia dessa história, muito interessante mesmo!

    Sobre a profissão do boticário, eu imaginei que fosse algum assim. Tenho que confessar: tinha uma novela da rede bobo que falava sobre isso, kkkkkkkkkk.

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